Este texto chegou-me via email. Achei a história arepiante. Acho que toda a gente e, particularmente nós africanos de raça negra temos que dizer um BASTA a este ciclo secular de abusos e descriminação. CHEGA. Leiam o artigo abaixo.
O rosto do RACISMO
Mulher que se incendia como protesto à descriminação racial. Horrivel......Até que ponto a ira e a revolta nos levam.
Será que a cor da pele é assim tão importante ?
O que se segue serve de alerta especial a todos os angolanos residentes em Angola, mas também a todos os africanos que entendam a lingua portuguesa (moçambicanos, guinienses, Cabo-verdianos e São-Tomenses e até congoleses) e que se encontrem nos seus respectivos países. Serve também como chamada de atenção aos dirigentes africanos dos mesmos países, em particular de Angola.
No dia 17 de Outubro do ano corrente, uma senhora chamada Maggy Delvaux-Mufu, de nacionalidade belga mas de origem congolesa, de 42 anos e mãe de 3 filhos, residente em Luxemburgo, que foi constantemente vitima de racismo naquele país, tomou uma atitude bastante radical para chamar atenção da sociedade naquele país e a nível mundial sobre a presença do racismo e seus efeitos nefastos.
A senhora em causa, estava atolada em dividas. Desesperada, recorreu a uma organização que ajuda a solucionar problemas relacionados com dívidas naquele país(na Holanda exíste uma organização semelhante). Ela escreveu várias cartas a esta organização, explicando os motivos das suas divídas, o montante da divída, e solicitando ajuda.
Em resposta, a senhora em causa ao invés de receber da referida organização algum tipo de apoio(o procedimento normal nestes casos sería convidar a senhora para uma entrevista, analisar bem o caso dela e depois establecer algum critério que lhe ajudasse a saldar a divida, desde que ela se comprometesse a pagar em "miúdos", depois de 1 ou 2 anos, o dinheiro de volta á referida organização)ela foi recebendo cartas de conteúdo racista, vez após vez, o que passava a mensagem de que, pelo facto dela ser "negra", não merecía apoio algum, e que só mesmo pessoas da raça dela("negra") é que se individaríam a tal ponto.
Delvaux-Mufu não teve apenas esta experiência de racismo na sua vida. Antes disso, a senhora Mufu já notava que em alguns lugares lhe eram dado "olhares estranhos" apenas por ser preta. Já se confrontara com situações em que foi chamada de "negra", ou discriminada de outras maneiras. A senhora Mufu estava farta de ser discriminada.
As cartas de conteúdo racista foram a gota d'água para ela.Uma Atitude Chocante!Em reação ás varias cartas de conteúdo racista que foi recebendo, a senhora Mufu decidíu escrever para vários jornais avisando da situação dela e que ela se queimaría viva em público, já que por ser "negra" não merece gozar dos mesmos direitos que os outros cidadãos naquele país(notem que ela tinha nacionalidade europeia).
O Jornal "Le jeudi" tornara pública uma de suas cartas, em que a senhora dizía em parte: "eu sou contra todo tipo de violência mas o que se passa é que cada dia que passa eu e a minha familia temos de suportar violência moral, discriminação e muito mais do senhor Juncker da admnistração", disse na carta publicada na semana passada.
A senhora Mufu alertara a opinião pública nacional que se queimaría viva no largo dos mártires no centro de Luxemburgo as 12 horas, em protesto contra o racismo. Apesar de muitos dos leitores dos jornais e até instancias do estado a principio não levarem a sério as palavras desta senhora de origem africana, a policia foi alertada e um grupo de oficiais foi destacado para o local.No mesmo dia que a senhora Mufu prometeu queimar-se viva, esteve antes, pela manhã, em frente ao gabinete do primeiro ministro protestando contra a maneira que estava a ser tratada e solicitando ajuda para melhorar a sua situação financeira.
Durante o protesto, a senhora Mufu reiterou a sua ameaça de se queimar viva em protesto contra o racismo. Ninguém do gabinete do primeiro ministro deu ouvidos á senhora mas a policia mais uma vez foi alertada. Mais tarde, no mesmo dia, a senhora Mufu dirigiu-se ao largo dos mártires, no centro de Luxemburgo.
Camufladamente, ela carregava com ela uma bolsa onde havia um Isqueiro e uma lata de gasolina. A policia já patrulhava a área. Repentinamente, a senhora Mufu muda de planos. Ao invés de dirigír-se ao largo dos mártires como avisara, ela se dirige agora para a "praça das armas", um lugar oposto ao largo dos mártires, onde se reunía um grupo de jornalistas que cobría um evento organizado pelo "Movimento ecológico".
Ás pressas, a senhora Mufu se dirige para o meio dos jornalistas, e avisa que estava prestes a sacrificar a sua vida em protesto contra o racismo. Momentos depois, num gesto que assustou as centenas de pessoas concentradas no local, a senhora Mufu abre a sua bolsa e retira dela uma lata de gasolina e despeja sobre si! A multidão entra em panico.
Em poucos segundos, a senhora Mufu já tem um Isqueiro aceso na mão e incendia-se a sí mesma no meio de toda multidão reúnida! Bastou acender o isqueiro e a senhora Mufu transforma-se logo numa tocha humana. Imediatamente os jornalistas tentaram abafar o fogo com os seus casacos e camisolas, enquanto a senhora Mufu começava a gritar bem alto e correndo, devido a dor que sentía. Foi uma cena deveras chocante, inimaginável.
Abaixo, seguem algumas imagens desta cena horripilante, conforme saíu no canal de televisão RTL.Centenas de pessoas começaram a correr dispersas enquanto viam no centro da cidade uma mulher negra, envolta em chamas, a correr e a gritar em desespero. Pelos gritos da senhora Mufu dava para perceber quão grande era a dor que sentía devido a queimadura. Alguns dos transeuntes devído aquela cena começaram a vomitar, outros simplesmente fugiram do lugar. Quando as ambulancias e os bombeiros chegaram no local, as chamas já tinham sido extintas do corpo da senhora pelas dezenas de pessoas que acorreram em seu socorro.
Delvaux Mufu foi levada para o hospital ainda viva, mas em estado grave. Até hoje ela continua viva mas lutando pela sua vida no hospital Bon Secours METZ, onde se encontra internada. Tem recebido diversas visitas de pessoas de diferentes escalões sociais, desde politicos até membros de ONG's e activistas dos direitos humanos.A Necessidade de uma África para os africanos.Como residente na Europa, o berço do racismo, tenho andado a reflectír muito nestes últimos dias na atitude desta senhora congolesa.
Delvaux Mufu tem sido chamada de "O rosto do Racismo", e a sua atitude expõe a hipócrisia da sociedade europeia no que se refere ao racismo. O racismo existe, e na Europa tem raízes muito fortes. O africano até nos dias de hoje continua a ser humilhado, barrado em muitas áreas na Europa apenas pela sua aparência e côr da pele.
Não existe no mundo nenhuma raça mais discriminada e humilhada do que a raça "negra".
Dificilmente eu tería orgulho de alguma vez ser chamado de europeu, ainda que exiba a nacionalidade holandesa. A senhora Mufu era "belga" de nacionalidade, mas tinha um "handicap": era "negra", e para os adeptos de "James Watson", ela é inferior e portanto não merece os mesmos direitos que os europeus autoctenes.Perante esta realidade, surge a necessidade de construírmos uma África onde o homem africano se possa sentír verdadeiramente dono da sua terra e do seu destino.
Isso só vai acontecer quando os líderes africanos tomarem consciência de que é hora de começarem a investir no homem africano. Isso evitará que o africano tenha de emigrar constantemente a procura de pão, trabalho e liberdade além fronteiras.
Se cultivarmos o hábito de nos defendermos, de nos valorizarmos como africanos que somos, evitaremos assistir constantemente a fuga massiva de africanos de África para a Europa onde quase sempre acabam sendo discriminados e tratados como cidadãos de segunda.
Recentemente o Israel expulsou 45 imigrantes africanos de Darfur, que pretendiam se refugiar naquele país. Eles nem foram permitidos entrar no país. Foram simplesmente expulsos e abandonados á sua sorte, e nem contaram com a solidariedade de país africano algum!
Os líderes africanos devem ganhar juízo e cultivar valores como solidariedade, amor e respeito para com o seu povo. O africano deve sentír-se seguro e orgulhoso de viver em África, porque não existe nenhuma outra parte do mundo onde o homem africano ou "negro" não seja discriminado.
Irónicamente até em África o africano é discriminado na côr da sua pele; não é só discriminado: é privado de todos os seus direitos fundamentais, fazendo-o emigrar em busca de novas perspectivas.
O cúmulo da vergonha é assistirmos em Angola, cidadãos perderem suas casas a favor de alguns refugiados portugueses, supostamente os donos das mesmas casas antes da Independência.
O caso mais recente é o do cidadão português José Borges, que para além de ser um cidadão português, que comprovadamente se encontrava ilegal, ainda lhe foi dado o privilégio de abrir um processo judicial contra um conhecido jornalista angolano.
Este privilégio jamais um refugiado africano terá na Europa. Os nossos líderes são tão distraídos, que logo após a dipanda se esqueceram de promulgar leis que condenassem o colonialismo e até os "comprovados" ex-colonialistas; ao invés disso, assiste-se a chegada massiva de vários ex-colonialistas em Angola, a maioría deles refugiados económicos, que se dão ao direito(que lhes é dado) de exigír as suas pertences do periodo colonial, conquistado ilegalmente em Angola!
É assim que muitos de nós acabamos por nos encontrar na mesma situação vivida por Delvaux-Mufu. Esta senhora podía ser angolana. Esta senhora podía ser a mãe ou a irmã de um de nós. Esta senhora é uma africana que merecía estar em África a viver bem (o Congo é um país tão rico)!Conforme eu dizia no inicio, em Angola nunca vivi uma experiência pessoal de racismo. Mas um amigo meu, um angolano estudante na África do Sul que recentemente visitou Angola de férias, me deu novidades nada agradaveis relacionado a este assunto.
Ele constatou em loco, para a sua tristeza, que há uma tendência muito grande do aumento do racismo em Angola. Segundo ele, existem empresas em Angola, principalmente bancos, que preferem contratar pessoal de raça branca ou raça mestiça(em Angola existe raça mestiça, basta dar uma olhada no B.I de alguns),como seus funcionários. Estes, auferem geralmente um salario melhor, para não mencionar outros privilégios. Certa vez tentei questionar isso a uma amiga advogada, uma jovem angolana de "raça mestiça" residente em Luanda.
Quís saber dela, desse boato que exíste por ai, de que nos bancos em Angola e em algumas empresas, os brancos e mulatos são privilégiados. A resposta dela foi mais ou menos esta:"Tens de vêr que as empresas precisam de pessoas competentes para trabalhar nas mesmas, não se trata de racísmo, trata-se de competencia", respondeu ela."Então queres dizer que os pretos não são competentes"? Perguntei eu admirado com a resposta dela. Ela não soube me responder a esta pergunta.
Eu só espero que no meu regresso para Angola, depois de aturar os racistas de cá, não me volte a confrontar com os racistas de lá. A minha atitude podería ser tão radical como a da senhora Mufu....mas de maneira inversa!Até lá, rezemos todos pela recuperação da senhora Mufu, uma africana corajosa que se mostrou disposta a sacrificar a sua vida em protesto contra o racismo!
Noticia triste. Morreu Maggy Delfaux-Mufu, a senhora africana de origem congolesa, em resultado dos graves ferimentos de queimadura. Triste, triste, triste! Mais triste ainda fiquei quando soube que afinal, Delfaux-Mufu já estava morta por altura da publicação do meu artigo que falava sobre ela .
Acabou por falecer mesmo no hospital "Bon Secours METZ" onde estava internada.Para aqueles que ainda duvidam ou duvidavam dos motivos por trás da atitude de Delfaux-Mufu, já está tudo esclarecido: Delfaux-Mufu foi pura e simplesmente discriminada a base da sua raça.
Muitos jornais tornaram públicas as cartas de conteúdo racial que esta senhora foi recebendo, bem como as cartas em que ela exprimía o seu descontentamento, a sua frustração perante toda essa situação.No meio disso tudo surgíu também uma nova revelação: Delfaux-Mufu era afinal casada com um homem de raça branca! Imagine! Nem mesmo o facto dela estar casada com um homem "branco" lhe servíu de "escape" ao racismo.
Podemos tirar lições disso?O pior ainda não disse! É que, ao que tudo parece, o própio marido sabía que a esposa faría o que fez e ainda foi Cumplice! Tudo porque ele, segundo se diz, quería a todo custo se vêr livre das dificuldades financeiras, e a atitude da sua esposa lhe daría uma "grande ajuda nisso"! O mesmo esposo acompanhou a senhora Mufu até ao largo das armas, local em que esta senhora viría a incendiar-se, e é um dos que tenta extinguír as chamas da senhora conforme ilustra a foto abaixo!A noticia está a correr muitos blogues africanos, inclusive um blogue em Swahili.
Uma organização de africanos e descendentes africanos lançou em tempos uma campanha que tem como objectivo consciêncializar os africanos(principalmente as mulheres africanas), a não casarem com europeus apenas como forma de fugír ao racismo. O centro da mensagem é: "tenha orgulho da sua raça, não importa quão discriminado sejas".
Abaixo copiei alguma das palavras( em inglês)usadas nesta campanha, palavras estas que também já estão a ser colocadas em alguns blogues (africanos) na Internet:"To marry a White person in a White Supremacist Racist controlled environment is no protection from White Supremacist Racist activity.Many have had to learn this lesson the hard way.In our work to neutralise the power of Institutional (Organised) Racism, we work to minimise the suffering and death of the victims of White Supremacist ideology".
O Racismo existe, e esta senhora foi uma das suas vitimas. Ela morreu, mas o racismo continua vivo, e cada um de nós poderá ser a própia vitima.Conforme me foi traduzido de um blogue em Swahili, "Delfaux-Mufu representa a mãe África".
Não tenho palavras que chegam para exteriorizar a minha profunda tristeza, e até raiva pelo sucedido com esta senhora. O pior é que não houve sequer um gesto de solidariedade das autoridades do seu país de origem(O Congo), o que mostra mais uma vez a falta de solidariedade do(s) lidere(s) africano(s) para com o(s) própio(s) africano(s).Se denunciar os constantes abusos contra a raça negra significa ser racista; se denunciar que esta senhora passou o que passou apenas por ser "negra"-africana significa ser racista; Se denunciar que a senhora Mufu não é a única, mas que existem milhões que vivem situações semelhantes pela Europa significa ser racista; E se exigír que os lideres africanos devem trabalhar para edificar uma África onde o africano possa ser defendido e sentír-se seguro e protegido significa ser racista......então prontos!
Que assim seja!Maggy Delfaux Mafu, é uma mártir vitima do racismo! Para você que leu e entendeu...por favor: passe a mensagem!
*Nota: Que ninguém repita a atitude de Delvaux-Mufu, que eu condeno e considero ter sido a mais errada possível.
Por: Osvaldo Rodrigues
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Boas Novas - Retoma a Produção em Algumas Indústrias
Nada melhor para o primeiro post: o retomar da produção na Vidreira e na CIFEL segundo o notícias de hoje dia 26 de Novembro de 2007.
Compatriotas, são 100 empregos que poderão atingir 250 quando a empresa atingir a sua capacidade plena de laboração. Estamos a falar de 100 famílias, numa primeira fase, que passarão a beneficiar do reinicio da actividade dessa indústria. Infelizmente, este aspecto ficou secundarizado no artigo em análise ofuscado pelos números gordos do investimento a ser feito e os beneficiários da produção.
Só haverá mais trabalho para os moçambicanos se as indústrias actualmente encerradas reabrirem e se mais investimentos forem feitos no sentido de abrir outras. Eis a notícia:
A empresa Vidreira de Moçambique deverá voltar a laborar a partir de meados de 2008, segundo deu a conhecer o director nacional da Indústria, Sérgio Macamo.
A fábrica, localizada na zona industrial da Machava, arredores de Maputo, encontra-se paralisada há mais de 10 anos.
Segundo a AIM, Sérgio Macamo explicou que um grupo empresarial sul-africano está neste momento a desenvolver acções com vista ao arranque efectivo daquela unidade vocacionada à produção de artigos em vidro.
A fonte declinou revelar o montante envolvido na reactivação da empresa, “porque ainda está em curso todo o processo de preparação do arranque, mas o que é facto é que em meados de 2008 tudo estará pronto para esse arranque”.
A Vidreira vai manter a mesma linha de produção e, embora possam haver ligeiras alterações, essencialmente vai se dedicar à produção de garrafas para abastecer os grandes consumidores, que são a Cervejas de Moçambique e a Coca-Cola, entre outras indústrias que fazem o processamento de frutas e se dedicam ao fabrico de bebidas de um modo geral.
A reactivação da Vidreira de Moçambique está integrada na estratégia do Governo visando a reabilitação das unidades industriais que se encontram paralisadas, estratégia essa baseada, fundamentalmente, na atracão de investimentos para o sector industrial. Macamo estimou em 300 o número de empresas que presentemente se encontram paralisadas, estando em curso esforços para a sua reabilitação.
Estatísticas oficiais indicam que o sector da indústria recebeu o maior volume de investimento aprovado (29 projectos) durante o primeiro semestre de 2008, totalizando cerca de 178 milhões de dólares.
No âmbito da estratégia governamental, a Companhia Siderúrgica de Moçambique, antiga CIFEL, em Maputo, vai retomar as suas actividades produtivas a partir de Janeiro de 2008, após uma paralisação de cerca de duas décadas.
Segundo o director nacional da Indústria, a empresa ArcelorMittal está a investir cerca de 20 milhões de dólares na reactivação daquela empresa, ao abrigo de um memorando de entendimento assinado com o Ministério da Indústria e Comércio.
Sérgio Macamo referiu que a Companhia Siderúrgica de Moçambique vai fabricar diversos produtos de aço para aplicação em diferentes indústrias. Numa primeira fase, vai empregar 100 trabalhadores, e quando a empresa atingir a sua capacidade plena de laboração o número de trabalhadores vai aumentar para 250.
Compatriotas, são 100 empregos que poderão atingir 250 quando a empresa atingir a sua capacidade plena de laboração. Estamos a falar de 100 famílias, numa primeira fase, que passarão a beneficiar do reinicio da actividade dessa indústria. Infelizmente, este aspecto ficou secundarizado no artigo em análise ofuscado pelos números gordos do investimento a ser feito e os beneficiários da produção.
Só haverá mais trabalho para os moçambicanos se as indústrias actualmente encerradas reabrirem e se mais investimentos forem feitos no sentido de abrir outras. Eis a notícia:
A empresa Vidreira de Moçambique deverá voltar a laborar a partir de meados de 2008, segundo deu a conhecer o director nacional da Indústria, Sérgio Macamo.
A fábrica, localizada na zona industrial da Machava, arredores de Maputo, encontra-se paralisada há mais de 10 anos.
Segundo a AIM, Sérgio Macamo explicou que um grupo empresarial sul-africano está neste momento a desenvolver acções com vista ao arranque efectivo daquela unidade vocacionada à produção de artigos em vidro.
A fonte declinou revelar o montante envolvido na reactivação da empresa, “porque ainda está em curso todo o processo de preparação do arranque, mas o que é facto é que em meados de 2008 tudo estará pronto para esse arranque”.
A Vidreira vai manter a mesma linha de produção e, embora possam haver ligeiras alterações, essencialmente vai se dedicar à produção de garrafas para abastecer os grandes consumidores, que são a Cervejas de Moçambique e a Coca-Cola, entre outras indústrias que fazem o processamento de frutas e se dedicam ao fabrico de bebidas de um modo geral.
A reactivação da Vidreira de Moçambique está integrada na estratégia do Governo visando a reabilitação das unidades industriais que se encontram paralisadas, estratégia essa baseada, fundamentalmente, na atracão de investimentos para o sector industrial. Macamo estimou em 300 o número de empresas que presentemente se encontram paralisadas, estando em curso esforços para a sua reabilitação.
Estatísticas oficiais indicam que o sector da indústria recebeu o maior volume de investimento aprovado (29 projectos) durante o primeiro semestre de 2008, totalizando cerca de 178 milhões de dólares.
No âmbito da estratégia governamental, a Companhia Siderúrgica de Moçambique, antiga CIFEL, em Maputo, vai retomar as suas actividades produtivas a partir de Janeiro de 2008, após uma paralisação de cerca de duas décadas.
Segundo o director nacional da Indústria, a empresa ArcelorMittal está a investir cerca de 20 milhões de dólares na reactivação daquela empresa, ao abrigo de um memorando de entendimento assinado com o Ministério da Indústria e Comércio.
Sérgio Macamo referiu que a Companhia Siderúrgica de Moçambique vai fabricar diversos produtos de aço para aplicação em diferentes indústrias. Numa primeira fase, vai empregar 100 trabalhadores, e quando a empresa atingir a sua capacidade plena de laboração o número de trabalhadores vai aumentar para 250.
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